"Pipoca Filosófica" é mais uma atividade do Subprojeto Filosofia e História do PIBID. Tratou-se de uma oficina realizada inteiramente pelos bolsistas ID no CETEP Vale do Jiquiriçá e no Colégio Estadual Pedro Calmon, no município de Amargosa-BA. O objetivo da oficina foi problematizar questões filosóficas a partir da leitura fílmica do curta "Menino do 5", dos realizadores baianos Marcelo Mattos de Oliveira e Wallace Nogueira. As oficinas ocorreram nos dias 27 de julho (CETEP) e 29 de julho (Pedro Calmon). Abaixo algumas fotos das atividades.
Ensino de Filosofia em Amargosa
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
sexta-feira, 26 de maio de 2017
I Seminário Interno: Sociedade Filosófica da Quarta-feira
O
evento é uma iniciativa do Grupo de Estudos Sociedade Filosófica da
Quarta-Feira, que se reúne assiduamente às quartas-feiras, às 16:30h, no Núcleo
de Pesquisa e Extensão em Filosofia (NUPEF) do Centro de Formação de
Professores - UFRB, coordenado pela Prof.ª Dr.ª Geovana da Paz Monteiro. A proposta do evento é abrir o diálogo com a comunidade do CFP
acerca das questões morais e religiosas, a partir do pensamento de dois autores
extremamente relevantes para a contemporaneidade, quais sejam, Bergson e Freud.
Abaixo é possível conferir os resumos das comunicações a serem apresentadas e a programação do evento:
RESUMOS
Abaixo é possível conferir os resumos das comunicações a serem apresentadas e a programação do evento:
RESUMOS
Deise Kássia
Correia Cabral
[A MORAL DO MÍSTICO EM BERGSON] Elucidaremos
nesta comunicação, conceitos da filosofia de Henri Bergson que nos direcionam
direta e indiretamente à moral do místico. Faremos essa investigação através da
análise da obra As duas fontes da moral e da religião (1932).
Analisaremos a moral mística, a qual é retratada por Bergson como um dos pontos
chave desta grande obra, haja vista ter sido o último e não menos importante de
seus escritos. Indagaremos então o sentido da experiência mística a partir do
olhar bergsoniano. Por fim, através dessa pesquisa pretendemos identificar e
compreender o fundamento da intuição mística para a necessidade da conquista da
liberdade nas sociedades abertas. Com isto, verificamos o quanto as ideias de
Bergson se relacionam e reaparecem em suas obras, confirmando assim uma unidade
em seu pensamento. Tal unidade revela o quão importante e vívida se faz sua
filosofia na contemporaneidade.
Palavras-chave: Bergson, moral,
religião, místico.
Diego Grecco Pereira [PSICOPATIA E NEUROSE: dois caminhos de um pensar
filosófico dentro do campo literário] Esse trabalho tem um papel distinto de
alguns outros que poderíamos ter o prazer de conhecer, tais
como em meios impressos, em debates ou simplesmente na tela de um computador. Procuramos
aqui, por meio da literatura, diferenciar o que se entende por neurose e
psicopatia, proporcionando a seleção de características de dois campos do
conhecimento, a saber: de um lado, a psiquiatria e do outro, a filosofia. O
desenvolvimento textual do nosso trabalho acontece por um conto intitulado Roda-gigante, escrito pelo autor desta comunicação,
enfatizando, através dos personagens, os elementos essenciais de cada conceito,
para assim possibilitar debates os mais amplos sobre o tema. A história é
retratada em dois tempos e com dois protagonistas, Flaviane e Erick, mãe e
filho. Aparece também na trama um psiquiatra recém-formado chamado Frederico. Através
de um enredo instigante, revela-se no conto um tipo de moral e também uma
maneira peculiar de conclusão das discussões propostas ao longo da narrativa.
Palavras-chave: Psicopatia,
Neurose, Literatura, Filosofia.
Eliene Ferreira dos
Santos [OBRIGAÇÃO MORAL
E CONFLITOS RELIGIOSOS: um olhar bergsoniano] A história nos mostra que guerras, fanatismo,
violência, preconceito e tirania são, muitas vezes, feitos humanos justificados
e amparados por ideias religiosas. Diante do exposto, abordaremos em que medida
a religião pode ser compreendida como uma ferramenta social mal utilizada por
boa parte da população mundial para preconizar ideias equivocadas, na busca
desenfreada de alguns pelo poder. Como fundamento de nossas discussões, vamos
dialogar com o filósofo francês Henri Bergson, tendo como suporte principal a obra
As duas fontes da moral e da religião
(1932). Neste livro, Bergson irá se posicionar a respeito da moral e da
religião do ponto de vista de que ambas se completam. Segundo o filósofo, embora
a religião possa se realizar de duas maneiras, uma estática e outra dinâmica,
ambas trazem em si mecanismos de regulação para o agir humano civilizado. Ainda
segundo Bergson, a religião dinâmica pode “permitir” uma moral mais aberta, e
quem sabe promover atitudes menos coercitivas, criando assim uma sociedade mais
justa, no sentido de agirmos não só por obrigaçao.
Palavras chaves: Religião; Moral;
Humanidade; Conflitos; Sociedade.
Eliene Macedo Silva [MEMÓRIA E ESQUECIMENTO: breves considerações sobre
os pensamentos de Agostinho e Freud] A presente comunicação tem por objetivo
elucubrar sobre as coincidências que perpassam os pensamentos de Santo
Agostinho e Sigmund Freud no que tange à questão da memória e do
esquecimento. Mesmo estando as suas
formulações filosóficas separadas por quinze séculos, não precisamos empenhar
muitos esforços para encontrar pontos convergentes entre as suas teorias. Os
dois pensadores estão de acordo tanto em afirmar que a memória é uma grande
força e não só um mero depósito inerte de experiências do passado, quanto ao
pontuar que o esquecimento é uma grande potência, e não um simples acaso. O suporte analítico para o desenvolvimento
deste trabalho está ancorado na leitura do escrito Sobre a Psicopatologia da Vida Cotidiana, de Sigmund Freud, datado
de 1901, e do Livro X das Confissões,
de Santo Agostinho, datado de 398.
Palavras-chave: Agostinho,
Freud, memória, esquecimento.
Geovana da Paz Monteiro [A MORAL DO RISO EM BERGSON] Na obra O riso (1900), o pensador francês, Henri
Bergson, destaca insistentemente a função social do ato de rir. Trata-se ali de
um ensaio acerca da comicidade, mas o filósofo parece desde então, trinta e
dois anos antes da publicação de seu último livro, As duas fontes da moral e da religião, imbuído de grande
curiosidade direcionada ao comportamento humano em sociedade. Vemos assim que o
riso é um elemento que contribui para a correção dos comportamentos quando
Bergson afirma ser o ato de rir ferramenta de ajuste social. Movidos pelo
rastro bergsoniano, buscaremos nesta comunicação abordar alguns aspectos que
apontem desde O riso para uma análise
futura dos dois tipos de moral que somente veremos esclarecidos na obra de
1932. Em resumo, averiguamos neste breve estudo se haveria no livro sobre a
comicidade elementos embrionários da crítica de Bergson à moral da pressão e à
estrutura fechada das sociedades em paralelo à manutenção das normas e padrões
do comportamento coletivo.
Palavras-chave:
Riso; Moral; Sociedade Fechada; Bergson.
Rosa Ilana Santos
[A FUNÇÃO SOCIAL DA RELIGIÃO ESTÁTICA NO BERGSONISMO] Esta comunicação
tem como intuito apresentar alguns aspectos do pensamento bergsoniano,
sobretudo as discussões que dizem respeito à religião e à moral a partir dos termos
sociedade fechada e religião estática que aparecem na obra As Duas Fontes da Moral e da Religião. Segundo Henri Bergson, a
sociedade cumpre um papel definitivo na vida do indivíduo, é nela que ele
encontra aquilo que poderá dar sentido a sua existência, são em suas estruturas
que ele acha onde se agarrar e é para ela que ele dedica a obrigação. A vida,
em seu percurso evolutivo, desencadeou duas variedades de sociedades que
desenvolveram características bem distintas. Porém, o que estas sociedades ainda
carregam de análogo é a dedicação em conservar-se. A sociedade, para Bergson, é
comparada a um organismo que – como as células – são constituídas de partes ou
estruturas que se unem para formar uma totalidade. Nela, o que unem essas
partes são elos “invisíveis” que por diferentes graus hierárquicos submetem-se
uns aos outros, possibilitando assim que tais partes atuem em favor do todo. Entretanto,
o que a sociedade faz ao sugerir pequenos grupos nos quais alguns indivíduos se
inserem é segregar instituições. Com isso, as leis criadas não abarcam a
humanidade, mas apenas grupos específicos. Estas leis, portanto, são mutáveis e
variáveis, a depender dos interesses dos grupos. A religião estática, neste
sentido, exerce uma função significante na sociedade, uma vez que por ela
vários discursos são legitimados em favor de um grupo, que em paralelo geram
intolerância e rejeição a outros.
Palavras-chave: Sociedade
fechada, religião estática.
Iranildes Oliveira Delfino [LUTO E MELANCOLIA: o vazio do
mundo e o vazio do eu] Nesta comunicação buscaremos abordar como o
psicanalista austríaco Sigmund Freud elabora uma consistente investigação sobre
a alma humana na obra Luto e melancolia,
tomando como ponto de partida o luto, para explicar a melancolia, que, embora nutra
com esta última características muito próximas, desta difere em aspectos
importantes. Partiremos, com Freud, de uma análise do luto, o qual, na
concepção do médico, seria um estado natural do indivíduo, e, portanto, não
careceria de tratamento específico. Afinal, sendo o luto um estado de espírito
a que todo sujeito é suscetível, tal humor durará apenas um tempo específico.
Desta maneira, o luto será inicialmente caracterizado como uma tristeza
profunda pela perda de algo ou de alguém, não estando necessariamente relacionado
à morte. No estado melancólico, por sua vez, os mesmos afetos do luto estarão
envolvidos, porém, agora o objeto perdido não é externo e sim interno. Por isso,
o indivíduo melancólico sente-se com a sua autoestima totalmente baixa. Esta
sensação é crucial para a distinção entre o luto e a melancolia. Embora no
estado de luto o sujeito esteja fragilizado, são as circunstâncias externas que
interferem na vida do enlutado. Já no estado melancólico, são as ações internas
que o afetam, que o levam ao extremo da tristeza profundo. Assim, procuraremos
entender com Freud como estes dois sentimentos fazem parte da condição humana,
na medida em que sofremos algum tipo de perda.
Palavras-chave: Freud, Luto,
Perda, Melancolia
Yago dos Santos Itaparica de
Moraes [A SELEÇÃO DAS
IMAGENS PARA A REPRESENTAÇÃO EM MATÉRIA E
MEMÓRIA, DE BERGSON] Esta comunicação objetiva explicar de que forma o
filósofo Henri Bergson, autor do livro Matéria
e Memória, concebe o modo como o corpo humano secciona imagens do mundo
para o surgimento da representação. Esse livro será utilizado como aporte
teórico para embasar as reflexões sobre a relação do corpo e o espírito,
focando no papel do corpo para a seleção de imagens. Nesse sentido,
destacaremos como foco principal o primeiro capítulo do livro, intitulado “Da
seleção das imagens para a representação. O papel do corpo”. Como contraponto
às idéias de Bergson, utilizaremos algumas ideias trazidas pelo filósofo René
Descartes em sua epistemologia moderna. Bergson vê a filosofia cartesiana como
uma teoria excessiva, pois, distancia a matéria do espírito, comparando-a à
extensão geométrica, do ponto de onde ele concebe, a meio termo entre o
racionalismo e o idealismo. Na filosofia bergsoniana o corpo humano é uma imagem
que faz parte de um sistema de imagens, estando tal sistema interligado a uma
imagem maior, a saber, o universo. No entanto, nosso corpo parece ocupar um
lugar especial nesse sistema, o centro. É, pois, um centro de indeterminação,
diferente dos objetos inanimados, tem a capacidade de locomover-se, agir sobre
a influência de outras imagens, determinar ações possíveis, e, entre todas
essas ações, escolher com quais irá interagir. Bergson concluirá, portanto, que
o papel do corpo, isto é, de nossos órgãos sensoriais, seja o de delimitar a
extensão da nossa percepção, circunscrevendo-a de modo a obscurecer o que não
nos for interessante como fonte de ação. Capturamos assim a representação
escolhida para a ação ou não ação, refletindo de volta como movimento executado.
Palavras-chave: Imagem; corpo;
representação; ação.
9:15h – Palestra de abertura - Prof.ª Dr.ª Alice Macedo
10:15h – Intervalo para um café
PROGRAMAÇÃO
9h – Abertura do evento –
Prof.ª Dr.ª Geovana da Paz Monteiro
9:15h – Palestra de abertura - Prof.ª Dr.ª Alice Macedo
10:15h – Intervalo para um café
10:30h – Comunicação 1 –
Eliene Macedo: “Memória e esquecimento: breves considerações sobre os
pensamentos de Agostinho e Freud”
11h – Comunicação 2 - Iranildes Delfino: “Luto e
melancolia: o vazio do eu e o vazio do mundo”
11:30h – Comunicação 3 - Yago dos Santos Itaparica de
Moraes: “A seleção das imagens para a representação em Matéria e memória, de
Bergson”
12h – Intervalo para o
almoço
14h – Comunicação 4 –
Deise Cabral: “A moral do místico em Bergson”
14:30h – Comunicação 5
- Eliene Ferreira: “Obrigação moral e conflitos religiosos: um olhar
bergsoniano”
15:30h – Intervalo para um
café
16h – Comunicação 7 –
Geovana Monteiro: “A moral do riso em Bergson”
16:30h – Comunicação 8 –
Rodrigo Silva Santos: “Felicidade e mal-estar na civilização”
17h – Comunicação 9 –
Diego Grecco: “Psicopatia e neurose: dois caminhos de um pensar filosófico no
campo literário”
17:30h –
Palestra de encerramento - Prof.ª Dr.ª Denise Magalhães da Costa
segunda-feira, 15 de maio de 2017
terça-feira, 2 de maio de 2017
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
segunda-feira, 6 de junho de 2016
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